sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tecnologia educativa

Ao longo de três meses aprendi mais sobre tecnologia educativa que em toda a minha vida.
Realmente, foi uma Unidade Curricular extremamente útil para o meu desenvolvimeno de capacidades, informáticas sobretudo, enquanto aspirante a professor.
Não pondo em causa nada do que foi dado, queria apenas referir a dualidade realistica que envolve os conteúdos que aprendi e o país real.
Tudo aquilo que aprendi terá uma aplicaçao complicada se um dia for dar aulas par o interior do país ou para as ilhas. Lá, não terei ferramentas para aplicar estes conteúdos, pois escasseiam os computadores nos alunos, sobretudo em casa.
Todo o conjunto de tecnologias que acedi nas aulas na Universidade nao correspondem minimamente á realidade nua e crua de grande parte das escolas de Portugal. A U.M é um plo de grande desenvolvimento que contrasta com quase todo o Minho.
Por exemplo, todos os dias vou para Braga, para a U.M, para me inteirar e aprender o que de mais sofisticado se aprende no nosso país ao nivel da educaçao e...para chegar ao local, parto de uma freguesia do litoral, a 10km do mar onde não existe saneamento básico, água pública ou estradas alcatroadas. É quase tudo em terra batida. Aqui não há escolas com quadros interactivos, nem a junta de feguesia mostra os seus balanços em powerpoit.Tudo se faz como á cinquenta anos atrás.
Apenas quero dizer que é bom o que aprendemos, mas em muitas realiadades portuguesas a sua aplicaçao é muito muito reduzida. É pena.
Como podemos observar a vida faz-se de dualidades profundas por cá. Se durante o dia acedo na cidade á berra das tecnologias educativas, onde tudo está no top da sofisticaçao informática e educativa, á noite regresso ao Portugal profundo, parado e que nestas aeras, ninguem fala. Aqui, as escolas primárias têm quadro de lousa e na interactivo. As imagens da escola vêem-se nos manuais e nao nos computadores individuiais. Mesmo nas escolas "grandes" da localidade, não é facil de pôr uma aluno fora da escola a trabalhar nas ferramentas informáticas. Os computadores, por aqui, ainda são vistos como um luxo e a internet em casa é ainda mais rara.
Estamos no caminho eductivo certo, mas para obter resultados é preciso que todos, sem excepçao possam em tempo real aceder sem restriçoes à tecnologia educativa. Enquanto isto não acontecer, existirá sempre a educação dos locais desnvolvidos e educação dos locais atrasados.
É preciso fazer de Portugal só um para que nos possamos desenvolver.

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